A Psicologia e a Fé
O homem adquire conhecimentos durante sua vida, mas sua fé é mais profunda do que seus conhecimentos e o acompanha.
Os homens primitivos sabiam que seus conhecimentos e tudo que faziam era para o bem comum da tribo, era para o desenvolvimento tribal através dos tempos, passado e futuro estavam ligados. Se sua cultura fosse destruída, os componentes da tribo ficariam deprimidos e perderiam o interesse e o desejo de continuar sua caminhada pela vida. Por este motivo muitas tribos primitivas desapareceram.
Vemos hoje nossa sociedade sofrendo mudanças. Não desistimos da nossa caminhada, como o homem primitivo, mas procuramos novos rumos. Já não vivemos como nossos antepassados. Deixamos o campo rumo às cidades e suas indústrias. Essa mudança já teve seu momento, mas hoje o computador adotado pelas indústrias, escritórios das empresas e até no campo, com suas imensas máquinas colheitadeiras, muitos trabalhadores foram dispensados.
O momento é de novas mudanças.
Quais? É difícil dizer.
A sabedoria do passado já não nos serve mais… Como será o futuro? É incerto, no entanto o homem é otimista com relação ao futuro.
Porém, estamos perdendo a fé, o acreditar em algo que nos impulsiona para conseguir alcançar o que desejamos.
Qual é a crença do homem moderno?
Sua crença é nas leis físicas. Se ele conseguir decifrá-las, poderá controlar a natureza, essa é sua crença.
O homem ganhou uma nova fé?
Ele crê na ciência e no que ela pode oferecer. “Mas acreditar é um produto da mente” e a “fé é um produto do coração”.
Ou a pessoa tem fé ou não tem.
As crenças podem ser discutidas, mas a fé não pode. A fé tem seus dogmas.
Como restaurar a fé perdida? Como restaurar a fé religiosa perdida, se for o caso?
Já que não podemos ensiná-la, podemos compartilha-la. Quem sabe podemos reacender no OUTRO a fé sentida no passado, ajudando-o a descobrir o motivo que o levou a perdê-la?
CONSULTAS AO LIVRO DE ALEXANDER LOWEN: “O corpo em depressão”.