O estigma
As marcas deixadas num indivíduo, num grupo de pessoas ou num povo são conhecidas como estigma. São marcas sociais que podem ter um significado negativo ou pejorativo. Seu significado pode ser percebido por nós se pensarmos no que está representando para uma pessoa ser conhecida com um egresso de um presídio ou uma pessoa que esteve internada numa clínica psiquiátrica, ser um judeu na Alemanha nazista ou ser conhecido como portador do vírus HIV.
Com essa compreensão fica claro o que significa para uma pessoa ser portadora de um valor negativo, que acaba determinando sua exclusão social e seu direito a ser bem tratado e ter oportunidades iguais às das outras pessoas.
O que será que a sociedade quer dizer quando estigmatiza uma pessoa? Está nos dizendo que tem dificuldades de lidar com o DIFERENTE.
A educação familiar perpetua essa dificuldade através da educação de suas sucessivas gerações.
Nós e os meios de comunicação contribuímos para que o estigmatizado incorpore o atributo social negativo que lhe foi conferido, e contribuímos também para influenciar negativamente sua autoimagem e autoestima.
Afirmações negativas feitas sobre uma pessoa ou sobre uma criança quando são repetidas com certa frequência podem estigmatizá-las. Esses processos de estigmatização podem acompanhá-las pela vida toda e atrapalhá-las na vida cotidiana.
Para melhor entendimento, deixo aqui um exemplo: Quando um pai ou uma mãe recebe o boletim cheio de notas baixas de seu filho e diz que daquele jeito ele não vai ser nada na vida, se repetir sempre essa afirmação, estará estigmatizando o filho. No entanto, ele pode estar tendo dificuldades e ter esperanças de melhorar estudando, mas o pai ou a mãe repetindo sempre a mesma coisa, estão estigmatizando-o, marcando-o para toda a vida e no futuro essas “profecias” podem se realizar.
Precisamos ter cuidado para não falar repetidamente coisas negativas a respeito de uma pessoa ou de uma criança para não estigmatizá-la.
Consultas ao livro: Psicologias, de Ana Maria Mercês Bock e outros.