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Depressão na infância e na adolescência

Muitas pessoas podem pensar que uma criança ou um adolescente não tem motivos para ter uma depressão. Mas eles têm.

Os adultos que lidam com eles precisam ficar atentos para os sinais que apresentam quando um quadro depressivo começa a se instalar. Devem observar comportamentos diferentes dos que antes apresentavam, que podem expressar as emoções sobre as quais não conseguem falar.

Assim, é bom ficar de olho e verificar se a criança ou o adolescente passa por algum luto por perda de alguém muito querido, ou de um animal de estimação, ver se sua vida sofreu alguma modificação com mudanças de escola, de casa, de bairro, de cidade e até de país. Regras rígidas de comportamento impostas pelos pais também podem ser motivo de depressão. O bullying e as agressões, tanto por parte dos pais, dos irmãos ou dos colegas da escola podem gerar conflitos e também causar depressão. Estes são os sinais mais comuns que eles apresentam. Algumas atitudes também podem denunciar a depressão, como:

  • A necessidade de isolamento,
  • O medo de separar-se dos pais, de perdê-los de vista,
  • Dormir muito ou dormir poucas horas por noite,
  • Manifestar muita agressividade

Os casos leves de depressão podem ser tratados com psicoterapia. Os pais devem passar por um acompanhamento psicológico para receberem orientações.

Os casos mais graves exigem um tratamento médico, porque há a necessidade da prescrição de medicamentos que só um psiquiatra pode fazer. A finalidade deste tratamento é acalmar o paciente para que a psicoterapia possa ajudá-lo a descobrir causas inconscientes da depressão. Os dois tratamentos são feitos ao mesmo tempo. Um depende do outro.

É bom saber que uma depressão sem tratamento pode interferir no desenvolvimento físico da criança ou do adolescente, pois eles podem perder o apetite ou alimentarem-se em excesso, tornando-se obesos. Pode interferir também na aprendizagem e nos relacionamentos sociais. Portanto, o desenvolvimento biopsicossocial ficará prejudicado e poderá ter repercussões na vida adulta.

Ref. bibliográfica: Revista de Psicologia: “Vença a Depressão”