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A rivalidade entre irmãos

A vida que levamos hoje, é bem diferente da que nossos antepassado levaram. Nossa maneira de viver veio sofrendo mudanças desde a metade do século passado. Nossa sociedade passou por modificações. Foram várias as contribuições para a mudança social que tivemos, sem falar na evolução mundial com o advento da informática, que veio acelerar muitas outras mudanças mundiais.

Politicamente tivemos a entrada num regime de exceção e a saída do mesmo para o regime democrático, a eleição de uma mulher para a República e a aprovação da Lei do Divórcio. Estas foram mudanças importantes na vida de todo brasileiro. 

A vida da mulher também sofreu mudanças em virtude das modificações sociais. Ela estudou, especializou-se numa profissão, entrou no mercado de trabalho em pé de igualdade com o homem, muito embora ainda não tenha alcançado igualdade de salário, mas esta é uma luta que ainda não terminou. Ela tem feito conquistas.

Antigamente a mulher se dedicava ao lar e à educação dos filhos, cabia ao homem o sustento da família. Hoje pode ser uma médica, uma advogada, uma dentista, uma professora primária ou universitária, enfim pode ter uma profissão de acordo com sua vocação. Mas… Precisou dividir seu tempo entre o trabalho profissional e o trabalho do lar. Muitas vezes o horário de trabalho é incompatível com a criação dos filhos. Ela já não fica em casa para educá-los. Precisa colocá-los em creches ou colégios semi internos para poder trabalhar, ou ainda, pagar alguém para tomar conta deles.

Devido a essa nova condição da mulher, as crianças sem a presença da mãe para orientá-las, desenvolvem muita competição entre os irmãos. Tal comportamento muitas vezes é uma resposta ao comportamento dos pais com relação a eles. 

Para um entendimento melhor, é bom dizer que há pais que ao verem os filhos em disputas, julgam-nos, atribuindo a razão ao que lhe parece tê-la, e muitas vezes o julgamento é errado, porque eles só ouviram o final da briga. Tal comportamento só faz surgir entre os filhos uma “rivalidade fraterna”.

Outra situação comum em muitas famílias é a atitude dos pais ao julgarem um dos filhos como responsável por algum acontecimento, ao invés de considerar todas as crianças envolvidas como responsáveis. E assim, vão criando situações que fazem vir à tona a agressividade das crianças, agressividade esta que é descarregada sobre os irmãos. 

Adotar uma atitude igualitária é muito importante para a vida familiar, bem como estimular o cooperativismo entre os irmãos.

Há pais que investem muito nos filhos e, ao vê-los agressivos, sentem como se não tivessem retorno deste investimento. Não têm a preocupação nem a percepção de que o problema não é da criança, mas deles próprios. Vendo que a criança briga muito com os irmãos e até fora de casa, podem até procurar um aconselhamento, mas no fundo estão preocupados mesmo com a ameaça de rompimento do casamento. No entanto, só conseguem perceber o problema do filho, o deles não. A preocupação fica centrada na criança. Chegam a consultar pediatras, psiquiatras infantis, professores, mas dificilmente procuram um especialista em Terapia de Família, que é o profissional mais indicado para esses casos.