A genialidade e loucura
Atualmente as pesquisas científicas vêm nos falar que entre a criatividade (genialidade) e a loucura mental existe uma tênue linha.
Vejamos como a genialidade vem sendo considerada.
O escritor americano Edgar Allan Poe (1809 – 1849) chegou a dizer: “Muitas pessoas já me caracterizaram como louco. Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada da inteligência”. Platão já levantara essa hipótese. Ele acreditava numa espécie de loucura divina como base fundamental para toda criatividade na Grécia Antiga.
Só os gênios e os loucos são livres verdadeiramente. Nós, tidos como normais, somos escravos da realidade prática e mecanicista que inventamos.
Há quem afirme que para se alcançar um nível de genialidade e inteligência superior é preciso ultrapassar os limites da normalidade e seguir por caminhos nunca antes trilhados. A loucura é uma forma de classificar essas pessoas.
Para atingir a genialidade é preciso usar a imaginação e a criatividade, usar formas de pensar diferentes e métodos mentais novos, que só seu criador os entende e só com o passar do tempo tornam-se compreensíveis. Essas pessoas (como Platão definiu-as) deixaram as linhas de pensamento da sua época e se colocaram além, mais à frente, e por isso podem ter sido consideradas loucas, sem lógica.
Vemos na história muitos artistas que foram considerados loucos. Caravaggio, por exemplo, foi um deles. Mas é bom dizer, independe da loucura, ela nasce com o indivíduo e morre com ele, é um dom.
A escola não cria esse dom, ao passo que um cientista pode ser criado pela escola.
A arte independe das condições mentais do artista. Se ele adoecer mentalmente, durante esse período ele não cria nada, até melhorar.
A loucura não é motivadora da arte. A pessoa nasce artista, nasce gênio e não vai criar nada se ficar esquizofrênica. Durante o surto ela nada cria, porque a doença mental vai agir na percepção e na emoção. Saindo do surto o artista volta a criar obras de arte.
A loucura é uma forma de classificar as pessoas que ultrapassam os limites da normalidade. Mas são loucas? Ou é uma forma de se expressarem?