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Aceitar a realidade e perdoar

A perda de um parceiro (a), por morte ou por separação tem a conotação de um “terremoto”. Se este é o seu problema e se você está vivendo como se sua vida não tivesse mais sentido, então trate de “sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”, como disse o Marquês de Pombal ao ser encarregado pelo Rei de Portugal para resolver os problemas surgidos após o terremoto que abalou Lisboa, em 1755.

Sepultar os mortos quer dizer: parar de pensar sobre o que a vida a dois poderia ter sido.

Cuidar dos vivos, é aproveitar o que sobrou do terremoto, dando valor ao que há de bom em sua vida, salvar os sobreviventes.

E fechar os portos é afastar a possibilidade de surgirem novos problemas enquanto você cura as feridas do coração e se protege de relacionamentos novos que podem não dar certo.

Quando há uma separação, é preciso entender o que aconteceu, observando diversos ângulos do problema. Pode parecer que o sofrimento nunca vai passar, mas passa.

“Pode demorar, mas passa.”

Quando uma relação amorosa termina, as pessoas ficam abaladas não só pela situação em si, como também pelos sentimentos de perda, frustração e fracasso. Aceitar a dor do fim de um amor, ou a de ser preterido por outro, abala muito aquele que foi descartado. Mas o importante é aceitar a realidade. Não é fácil. A pessoa é tomada por sentimentos de tristeza e de ódio, que vão se alternando durante muito tempo, até que um dia é possível não só aceitar como perdoar e perdoar faz bem ao coração e à mente. Aí então será possível pensar num novo relacionamento, pois o término de um relacionamento amoroso não significa a impossibilidade de amar novamente. 

O importante é crer na capacidade que o coração tem de se restaurar, e se a oportunidade de um novo amor surgir, deixar que os sentimentos amorosos pela outra pessoa possam fluir livremente, sem pensar na possibilidade de uma repetição do que houve no passado. Isto só levará a um desgaste do novo relacionamento. E se for impossível superar o trauma da separação, recorrer à ajuda de um psicólogo.