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O sentido da vida

O homem vive tendo conflitos e sua vida é repleta de frustrações emocionais. Ele busca o equilibro entre sua natureza e sua necessidade de se relacionar. Seu SELF só existe em união com os outros.

No entanto, o homem enxerga-se separado da natureza e isolado das outras pessoas. Ele tem a capacidade de observar-se, de separar-se da natureza e refletir sobre seu isolamento. Erich Fromm nos fala que o desenvolvimento do intelecto nos levou à nos separarmos da natureza e que este desenvolvimento nos colocou diante da separação.

Devido ao fato de nos relacionarmos e nos comunicarmos transcendemos a natureza, isso nos dá a possibilidade de uma vida produtiva. Estes desenvolvimentos nos dão superioridade intelectual, mas também nos dão a capacidade de perceber que existimos sozinhos no mundo. A razão nos coloca diante da nossa mortalidade e a dos nossos parentes. Ficamos então em permanente tensão e numa solidão insuportável, que tentamos sempre superar. Este estado de desesperança e angústia é inerente ao homem. Mas apesar desse estado, existe esperança, pois ao encontrar o seu propósito na vida o homem pode superar o sentimento de isolamento e alienação nos quais se colocou.

Apesar de lutar por ser único e livre, o homem continua desejando a união com os outros, porque deseja equilibrar suas necessidades. Talvez por isso sujeite-se a ficar ligado a um grupo ou a uma autoridade.

Segundo Fromm este não é o caminho certo a percorrer, pois é fundamental que o indivíduo descubro seu sentido do SELF, isto é, seus próprios valores e opiniões ao invés de apegar-se às normas.

Se delegarmos ao outro a responsabilidade por nossas escolhas, ficaremos alienados de nós mesmos, quando o maior propósito da nossa vida é a aceitação das nossas singularidades e ideias próprias, pois são elas que nos diferenciam dos outros.