A terapia de família e casal tem por objetivo ajudar a resolver problemas que podem parecer insolúveis, devido à posição “empacada” que o casal costuma assumir, pois não consegue perceber uma saída para um relacionamento ruim, que chega até às agressões físicas: um não consegue ver o outro como culpado pelos problemas que surgem.
Vou enfocar a violência familiar, comum a muitas famílias, muito embora esta seja uma terapia que atende a vários problemas familiares.
Já fez parte da prática terapêutica familiar separar os casais que se agridem fisicamente. Viu-se, entretanto, que ambos parceiros eram responsáveis pela violência e, desse modo, podiam ser tratados juntos, como qualquer outro casal em terapia.
O homem, na maioria das vezes, é responsável pela agressão, independente da provocação que lhe faz a mulher. Mesmo que a mulher se reconheça culpada pela agressão sofrida, devido à provocação que fez, mesmo assim, não é responsável pela agressão que sofreu.
Então o papel de cada parceiro envolvido pelo conflito vai sendo visto.
Apesar do trabalho terapêutico poder ser feito com o casal junto, a primeira providência a ser tomada é cessar as agressões.
Separar casais violentos raramente surte efeito, porque eles estão ligados por simbiose e acabam se unindo novamente. As mulheres que preferem a separação são as que correm maior risco de sofrer novas agressões. Se o casal estiver junto em tratamento, quando a vítima falar sobre a dor e a destrutividade das agressões que sofre, na presença do seu abusador e na de um Terapeuta, este irá mostrar como o fim das agressões é necessário.
A linguagem das partes envolvidas no conflito pode levá-las a se afastar dos rótulos de abuso e vítima, e pode produzir insights intrapsíquicos. Ao falarem sobre si estarão contando histórias dolorosas de agressões sofridas no passado. Esses relatos ajudam a reduzir o antagonismo mútuo dos parceiros.
Enfim, a terapia familiar pode ajudar casais a se entender melhor, sem agressões físicas.
Numa terapia familiar, o homem que agride fisicamente sua mulher é visto como responsável pela agressão, independentemente das provocações que ela pode lhe fazer. Ela pode até se reconhecer culpada pela agressão que sofreu, devido à provocação que fez, mas não é responsável pela agressão que sofreu. A terapia de família se propõe a ajudar casais em conflito.
Referências Bibliográficas
Terapia Familiar – Michael P. Nichols e Richard C. Schwartes
Goldner e Walker