A Educação Indígena
As comunidades indígenas brasileiras ainda não obtiveram uma solução para alfabetizar seus membros. O Padre José de Anchieta esteve à frente desse movimento durante a colonização, mas até hoje o problema continua sem solução.
O que vem sendo observado é que as escolas indígenas estão em funcionamento. Quando tem prédio próprio, se é que se pode chamar de prédio pequenos barracões de madeira com chão de terra, carteiras quebradas, sem paredes laterais. Têm duas paredes, uma na frente e outra nos fundos e o telhado. É só.
Algumas escolas indígenas não oferecem o mínimo de conforto para as crianças, tem funcionamento precário em todo território nacional. 30% não tem prédio próprio. Algumas escolas funcionam na casa da professora ou embaixo de uma árvore, sem água potável. A água utilizada para beber é de rio, igarapé ou de algum córrego. Só 10% tem água potável e apenas 41% tem eletricidade, 51% não recebe material didático específico para o ensino.
Esta é a triste realidade da escola indígena. Devido à distância dos grandes centros, a merenda escolar custa a chegar e quando há atraso na entrega dos gêneros alimentícios, as aulas são suspensas.
Apesar de todas estas dificuldades, alguns índios terminam o curso fundamental.
Mas… quando chega a hora de prosseguir nos estudos, para muitos não há como, uma vez que só 9% das escolas oferecem o ensino médio. Apenas 282 escolas indígenas do Brasil oferecem o curso médio aos alunos.
A “Pátria Educadora” diante de uma situação como esta decididamente deixará de atender muitos índios, mas eles também são brasileiros. Se o programa proposto é educar os cidadãos brasileiros, então é para todos, pois a Pátria é de todos nós, inclusive dos índios.