O outro
Estamos sempre preocupados com o OUTRO, ou melhor, com sua aprovação. Desejamos a estima das pessoas, mas não nos preocupamos em percebê-las, isto é ver como são realmente.
Afinal, quem é esse OUTRO? Como ele reage? Tem limites, tem erros e acertos?
Desde cedo temos percepção e damos significação ao que vemos. O relacionamento com o OUTRO é uma consequência da percepção e da significação que damos aos fatos que ocorrem durante o relacionamento.
Muitas vezes nos baseamos nas nossas percepções para explicar algum acontecimento, sem termos elementos suficientes para avaliar ou julgar a atitude do OUTRO. Neste caso estaremos fantasiando e, consequentemente, poderemos até nos deixar levar por impulsos negativos e chegar a nos indispor com a pessoa, ou até mesmo perder uma boa amizade. Precisamos estar atentos para não tirar conclusões sem dados suficientes ligados à realidade.
Mas quem é esse OUTRO? Bastará saber seu nome? Ou conhecer sua capacidade profissional? Conhecê-lo melhor ajuda em todos os sentidos: profissional, social, pessoal etc. Não podemos invadir seu campo fenomenológico ( neste campo estão guardados suas vivências) , nem sair divulgando o que ele nos contou e muito menos lhe fazer perguntas no sentido de saber mais sobre sua vida. O “OUTRO” precisa ser respeitado como pessoa. Esta é uma condição para podermos conviver bem com ele.
Estamos sempre voltados para nosso interior, para os nossos problemas e esquecemos que o OUTRO tem os dele. Muitas vezes nem o enxergamos direito mas queremos que nos escute, queremos sua atenção, e não lhe damos a oportunidade de falar. Assim corremos o risco de nos tornarmos egoístas, egocêntricos e… solitários. Sim porque o OUTRO acabará fugindo de nós.
A tolerância, a solidariedade, o bom senso, a confiança e a bondade são facilitadores da boa convivência com os OUTROS.