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O vínculo do bebê com a mãe

Por serem totalmente indefesos os recém nascidos são programados geneticamente para criar um vínculo com a mãe. Assim sua existência está garantida. Esse é o pensamento de Bowlby que visa explicar as consequências duradouras da ligação mãe/bebê, bem como as dificuldades psicológicas que a criança terá se este vínculo for destruído ou abalado.

Ele explica o apego da criança a uma figura feminina, que pode até não ser a mãe biológica, mas uma mãe substituta, com o termo “monotropia”.

Ele nos diz que o vínculo com a figura materna é diferente e mais significativo do que qualquer outro que o bebê formará ao longo de sua vida. Mãe e filho comportam-se para garantir esse vínculo. A mãe cuida e nutre o bebê e este sente sua fome saciada. Nesse sistema um ajuda o outro e geram o vínculo para toda a vida.

Para o Bowlby se este “apego” for destruído, ou se não ocorrer nos primeiros anos de vida, a criança sofrerá graves consequências negativas no futuro.

A ligação entre mãe e filho deve ser estabelecida no primeiro ano dengosa ou no máximo antes que complete dois anos. Inclusive ele fala que a adoção de uma criança com mais de três anos não pode ser uma boa escolha, pois a criança já estaria condenada a sentir os efeitos da privação da mãe, e poderia ter algum nível de retardo intelectual, social ou emocional.

Em seus estudos ele observou que em casos extremos a privação da (presença) materna podia resultar em “psicopatia insensível”, que e um estado em que a pessoa não se afeiçoa às outras, porque não consegue ter relacionamentos interpessoais significativos, indivíduos com esse distúrbio tendem à delinquência juvenil e a comportamentos antissociais. São pessoas que não sentem culpa ou remorsos.

Sobre a influência do pai sobre a criança, Bowlby diz que ele não tem importância emocional direta para o bebê. Ele apenas contribui para o sustento financeiro e emocional da mãe e do bebê, e que a mãe seria naturalmente inclinada para a maternidade possuindo instintos naturais inatos que a orientariam na criação dos filhos. Os homens são mais adequados a prover o sustento da família.

Estudos de Schaffer e Ross indicam que os homens são dotados das mesmas capacidades que as mulheres têm. Descobriram que o desenvolvimento da criança não é determinado pelo sexo da pessoa responsável por ela durante sua criação, mas pela força e qualidade do vínculo estabelecido com ela.

Estudos posteriores de Schaffer e Peggy Emerson discordam destas opiniões, concluindo que bebês e cruel pequenas formam cariosa vínculos com outras pessoas. São vínculos múltiplos. Está ideia veio tranquilizar as mães que trabalham e deixam seus filhos nas creches, uma vez que a teoria de Bowlby parecia sugerir que as mães teriam que ficar em casa cuidando os filhos, portanto não poderiam trabalhar.