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O adolescente e as drogas

Falaremos hoje sobre drogas. Geralmente, quando o indivíduo começa a usar drogas, consegue esconder da família, mas chega um dia que não consegue mais.

O consumo de drogas começa na adolescência, na maioria dos casos. E é justamente nesta etapa da vida, quando os filhos chegam à adolescência que muitos casais estão vivendo uma fase difícil do relacionamento. Alguns chegam à separação.

Muitas pessoas ao saberem desta triste realidade do adolescente, fazem seus julgamentos responsabilizando o casal pela situação do filho (a). 

No entanto, não se pode afirmar que a separação do casal levou um dos membros da família a consumir drogas.

A queixa do dependente químico é quase sempre sobre o abandono que os pais os deixam, acham que os pais o ignoram, e o que ele mais quer é ser amado e apoiado pela família.

Alguns pais quando descobrem que os filhos usam drogas, se desesperam, se exaltam e discutem com eles, criando um clima de não aceitação da situação, que nada ajudará o jovem. Este sente que está errado, mas não sabe o que fazer para livrar-se das drogas. Acuado e incompreendido, ele irá buscar cada vez mais a droga para obter “alívio” das tensões provocadas pela situação que vive em casa. Esta situação faz sofrer filhos e pais.

Um tratamento numa clínica especializada é o melhor caminho a seguir, mas uma proposta neste sentido muitas vezes não é aceita porque o dependente químico diz que não é viciado: e que pode parar de usar drogas quando quiser. E sabemos que não é bem assim.

No entanto, alguns acabam pedindo esta ajuda. Este é o momento em que a família deve apoiá-lo, prestando sua solidariedade e atenção. Os corações feridos por tantas brigas e decepções se acalmarão, podendo surgir um relacionamento afetivo melhor, de mais compreensão entre ambas as partes. É o momento de reconciliação. Para que o tratamento dê certo, a família precisa estar envolvida neste processo de reabilitação.

Quando as famílias estão em crise, podem contribuir para que seus filhos se envolvam com as drogas, mas quando o jovem vai procurá-las é porque já tinha outros problemas. Podem ser medos, inseguranças, timidez, etc. Os desentendimentos entre os pais não são as causas da dependência química. Embora eles possam abalar o equilíbrio emocional dos filhos, não são as causas da dependência química.

Precisamos considerar ainda que os filhos de pais que vivem um casamento harmônico, isto é, que têm bom relacionamento entre si, também procuram as drogas como válvula de escape para sua ansiedade, e podem acabar se viciando.

O ideal é que os laços afetivos entre pais e filhos sejam mais amplos, para que os jovens se sintam amados, compreendidos e contem com seu apoio em qualquer situação, sejam eles dependentes de drogas ou não.